quarta-feira, 15 de julho de 2009

a césar o que é de césar

fonte: www.skyscrapercity.com

dai a césar o que é de césar.
hoje tem decisão. mineirão lotado, torcedores bêbados, ensadecidos, bagunceiros (e tomara que ao menos felizes pelo título)... mas a paz da cidade não estará ameaçada, pelo menos se a postura da polícia for a mesma da do clássico de domingo.

quando é para falar mal da polícia sempre aparece inflamados aos montes, mas quando é para elogiar, poucos o fazem. domingo, depois de cruzeiro e atlético, embora advertido por um amigo que não circulasse pelo centro por causa da bagunça, resolvi não ouví-lo. e foi melhor assim, por que pude constatar o excelente trabalho da polícia militar. dois policiais estrategicamente posicionados em cada esquina.

não contive as gargalhadas quando um engraçadinho parado no sinal se preparava para uma exibição ofensiva à alguns cruzeirenses que desciam cabisbaixos a bahia. já com o corpo pra fora do carro, bandeira em punho, palavrões no gogó e ... logo alcançou o olhar fulminante num semblante "hi hitler" de um policial na esquina da bahia com timbiras. o rapazote se deslizou carro à dentro, como quiabo. o sinal abriu e os carros seguiram, bem como a paz inabalada na bahia com timbiras. assim deve ser.

então, parabéns à polícia militar que num domingo de fúria cruzeirense, fez com que eu me sentisse seguro pelas ruas do centro. é essa a polícia que a população quer ver. uma polícia contingente, presente. é essa a polícia que esperamos que esteja na rua hoje à noite.

bom jogo!

terça-feira, 7 de julho de 2009

oito anos depois, ainda de luto


bom, estréio esse blog manifestando minha indignação com a justiça (representada aqui pela polícia civil) desse país que tarda e falha, sim senhor.

em 2001, uma garota angelicalmente chamada de aline, da cidade de manhumirim (mg), a três dias em viagem à ouro preto, foi encontrada morta, com o corpo nu e com 17 perfurações, no cemitério da cidade.

o julgamento, oito anos depois, inocentou os três acusados, que disseram não saber por que e estavam sendo acusados. o juiz alegou não ter provas de que eles tinham matado aline e por isso não houve condenação.

como explicar a uma mãe que ela não terá um sono tranqüilo por que não verá os assassinos de sua filha na cadeia?
qual motivação terá ela de continuar viva, de se curar da dor e da depressão causada pela perda de um filho de forma tão covarde?

a decisão cabe recurso, mas a promotora do caso já adiantou que o ministério público não recorrerá. disse que se não conseguiram provar nada até hoje, não o farão mais.
a promotoria assinou seu atestado de incompetência e deixa para a senhora mãe de aline o seguinte recado: desista senhora dona mãe da aline. sua filha, que não é alice, viveu no país das maravilhas. por aqui, tudo não passa de conto de fadas. ninguém viu nada, ninguém sabe de nada, ninguém matou tua filha com desessete facadas.

(já não posso mais, bem como o povo desse país, conviver com tanta estupidez.)

"luto", mesmo de "luto".